DIREITOS QUE DEVERIAM TER OS PASSAGEIROS DOS TAXIS EM NOVA IORQUE
Emilio Sánchez (avançado)
Eu estou em Nova Iorque, cidade do trafego, e são as 5 horas de tarde, uma das muitas horas conhecidas aqui como “Rush Hour”. É um milagre, se não impossível, conseguir um taxi nesta bela mas grande cidade. Todas as ruas estão cheias de pessoas tentando conseguir transporte, mas pra nós e bem difícil. Quando finalmente chega um carro livre, subimos nele, mas quando dizemos que precisamos ir a 50th Street entre Lexington e 3ª, o cara nos diz: “Não posso ir lá. Está fora do meu caminho e estou ‘off-duty’. O último não e totalmente certo, já que todos os taxis ‘off-duty’ tem que ter um letreiro que diga isso. Quando isso acontece, eu olho a minha mãe e a minha irmã, pensando no que diz aquele famoso dito americano: “What’s a nice girl like you doing in a place like this?”. Isso me leva a sugerir a primeira de uma lista de coisas que deveriam estar nos direitos dos passageiros de taxi em Nova Iorque: Uma viagem sem limites de distancia quando estão num taxi que não tem o letreiro de ‘off-duty’.
Umas horas antes, eu estou pisando ovos, tentando pegar um taxi sozinho mais estou apressado porque são as 2:20h e preciso estar no Apple Store em Fifth Avenue para me encontrar com minha família as 2:30h. Quando eu digo ao cara que preciso chegar rapidamente e que seria bom se ele se apressasse um pouco, ele me responde dizendo o seguinte: “Isso é único que eu não faço. Eu somente posso lhe assegurar uma viagem lenta e segura.” Eu acho que isso é aceitável, mas a coisa vira insuportável quando ele, depois de me deixar no meu destino, continua com um discurso que não é necessário: “Eu posso perder o meu trabalho somente por fazer o que você me pediu. Eu me apressei (coisa que não é certa porque chegamos ás 2:40) mas isso é uma razão para eu perder a minha licença.” Eu não tenho por que participar nessa cena digna de um prêmio Oscar, mas isso para mim não é o mesmo que descascar um abacaxi, então eu corto o discurso do taxista, pagando o dinheiro que lhe devo. Então eu penso: “Se realmente é tão inaceitável pra ele fazer isso, por que ele o fez? Não era uma obrigação, ele é livre!” Isso me leva ao seguinte direito que deveria existir: O direito de calar ao taxista quando ele está falando coisas contra o passageiro que somente servem para achar pêlo em ovo.
Voltamos agora á primeira situação. Minha irmã tenta pegar um táxi, mas quando por fim chega um livre, ao ouvir o destino final, o taxista se vai. Minha irmã, furiosa e com boa razão, diz a seguinte coisa que deveria estar nos direitos dos passageiros: O direito de pegar um taxi livre sem ter que suportar os desejos do taxista, ainda se fossem contrários aos do passageiro.
A última historia acontece na manhã deste dia, quando eu não acho um taxi livre e preciso um com urgência. O único taxi que acho e um que está ‘off-duty’, com letreiro e tudo, então, eu me aproximo a ele para tentar negociar. Mas o único que eu consigo é que o taxista, sem que eu não possa nem sequeira lhe saudar, me diga: “ Você não pode ver que eu estou ‘off-duty’ ?”. Então isso me leva ao último direito: Poder tentar negociar com os taxistas ‘off-duty’, sem ter que ser insultado por eles.
Esses são somente quatro de uma longa lista de direitos que deveriam ter os passageiros dos taxis em Nova Iorque, uma cidade bela, mas cheia de taxis, e ainda pior, de taxistas que não tem nem um pouquinho de decência.